05/08/2025 09:24
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Anvisa proíbe venda e propaganda de “chips da beleza” no Brasil

Órgão reforça que nunca houve avaliação regulatória; uso indiscriminado do produto representa sério risco à saúde pública.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta semana, a suspensão imediata da manipulação, comercialização, propaganda e uso dos implantes hormonais conhecidos como “chips da beleza”.

A decisão foi oficializada em uma nova resolução, que será publicada no Diário Oficial da União e terá força de lei. A medida tem caráter preventivo e foi motivada por denúncias de entidades médicas, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, que alertaram para os riscos crescentes associados ao uso desses implantes.

Os “chips da beleza” são amplamente utilizados para fins estéticos, como emagrecimento, tratamento da menopausa, redução de gordura corporal e aumento da massa muscular e libido. No entanto, segundo a Anvisa, esses implantes contêm misturas de hormônios, como testosterona e gestrinona, que não possuem aprovação para uso na forma implantável. Desde o ano passado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia proibido a prescrição de terapias hormonais com fins estéticos, incluindo o uso desses implantes.

A proibição da Anvisa vem em resposta ao aumento de relatos de pacientes enfrentando complicações após o uso dos implantes. As substâncias presentes nos “chips da beleza”, que podem incluir desde estradiol até hormônios como ocitocina e NADH, não passaram por avaliação de segurança específica para esse tipo de aplicação, o que motivou a ação da agência.

O órgão recomenda que pacientes que utilizam esses produtos procurem seus médicos para orientações sobre o tratamento e, em caso de reações adversas, realizem uma notificação à Anvisa.

Com a nova resolução, as farmácias de manipulação em todo o país estão proibidas de comercializar ou divulgar os implantes hormonais. A Anvisa reforça que os “chips da beleza” nunca passaram por sua avaliação regulatória, e o uso indiscriminado desses produtos representa um risco significativo à saúde pública.

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