O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado há algumas semanas para tratar uma pneumonia.
Com uma carreira que atravessou décadas, Cid Moreira tornou-se um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira, apresentando o “Jornal Nacional” cerca de 8 mil vezes, segundo o Memória Globo.
Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid Moreira completou 97 anos no último dia 27 de setembro. Sua trajetória começou ainda no rádio, em 1944, quando foi incentivado por um amigo a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté.
A partir desse ponto, sua voz inconfundível logo conquistou o público. Entre 1944 e 1949, ele trabalhou narrando comerciais até se mudar para São Paulo, onde foi contratado pela Rádio Bandeirantes e pela agência Propago Publicidade.
No início dos anos 1950, Cid Moreira mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Mayrink Veiga. Foi nessa época que ele começou a atuar na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas de destaque, como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, ambos na TV Rio. Em 1963, sua carreira como locutor de noticiários começou no “Jornal de Vanguarda”, também na TV Rio, dando início a uma longa jornada no jornalismo televisivo.
Ao longo dos anos, Cid consolidou sua carreira como uma referência na apresentação de telejornais, passando por várias emissoras, incluindo Tupi, Excelsior e Continental, até alcançar notoriedade na TV Globo, onde ficou conhecido nacionalmente pelo seu trabalho no “Jornal Nacional”. Sua voz grave e imponente foi sinônimo de credibilidade e seriedade no jornalismo brasileiro, marcando gerações de telespectadores.
Além da atuação no jornalismo, Cid Moreira também ganhou destaque com outros projetos, como a narração da Bíblia, que foi amplamente elogiada e se tornou um dos seus trabalhos mais conhecidos fora da televisão.
Durante seus últimos anos, Cid Moreira manteve-se ativo nas redes sociais, onde compartilhou momentos de sua vida pessoal e profissional, conquistando novas gerações de admiradores. Sua longevidade e dedicação ao jornalismo foram exemplos de resiliência e paixão pela profissão.
